No dia 25 de outubro, aconteceu no Auditório Sigma da Universidade Metodista de São Paulo a palestra cujo tema era: “Relações da Mídia com o mundo corporativo”.
A palestra foi ministrada por três grandes profissionais da área de comunicação. Dentre eles Raul Viana. Formado em jornalismo pela PUC - SP em 1982, atua há 25 anos na área de comunicação corporativa e já trabalhou em grandes empresas como a Hill & Knowlton Interclínicas, DuPont, Toyota, 3M e Volkswagen.
Ocupa hoje o cargo de diretor de assuntos corporativos da Bridgestone Firestone onde ingressou em 2003.
Transcreverei aqui a primeira parte da palestra onde ele comenta sobre as principais mudanças que ocorreram no mundo corporativo desde a época do regime militar.
Raul Viana: Tivemos 180º de mudança, uma abertura muito maior, o mercado mudou, hoje a sociedade está muito mais presente. Os grupos que representam interesses de consumidores, de comunidades, de profissões e das mais diversas manifestações sociais, sexuais, etc, estão presentes e efetivamente atuando com os olhos muito abertos em relação ao que as empresas fazem, então é muito comum, por exemplo, que em uma empresa a área da propaganda prepare uma propaganda super legal e põe na televisão e de repente vem um grupo GLS reclamar porque tem uma questão de preconceito em relação à opção sexual, então já tem que direcionar isso e a atenção tem que ser sempre muito grande, estou dando um dos exemplos, a comunidade pode reclamar, em fim, a demanda hoje por parte da sociedade em relação às empresas é muito grande.
Foi daí que nos anos 80, 90 surgiu o conceito de desenvolvimento sustentável, onde as organizações têm que realizar suas atividades, obter resultados positivos, obter lucros, mas de uma forma limpa e saudável que preserve e respeite os seus grupos de interesse - que chamamos hoje de stakeholders - pode ser governo, comunidade, funcionário, fornecedor, consumidor, revendedor, imprensa, são vários grupos com os quais a organização se relaciona. E por isso, e não porque as empresas se modernizaram, ficaram boazinhas e acham que tem de ser conscientes, não só as empresas de novo, mas as organizações, a Metodista, por exemplo, enquanto a uma organização teve que se modernizar e atuar de uma maneira mais transparente em relação a todos esses públicos.
Hoje nós temos que atuar com a evolução do Desenvolvimento Sustentável que é o conceito de Responsabilidade Social. Vocês já devem ter ouvido muito isto, Responsabilidade Social ainda tem um “cacoetezinho” de modismo, mas eu acho que veio para ficar. Se antes isto era responsabilidade da área de comunicação das empresas que atuavam de maneira mais ou menos responsável, e cabia a nossa área, aos jornalistas, aos profissionais de comunicação tentar mostrar, filtrar, deixar tudo um pouco mais palatável, hoje em dia as organizações estão percebendo que Responsabilidade Social é uma questão fundamental para a sua sobrevivência. É hoje foco de interesse do presidente das empresas, até da matriz se for multinacional, todo mundo na empresa tem que trabalhar de uma forma responsável, não importa com quem se relacione, tem que cuidar do meio ambiente, cuidar da comunidade, dos funcionários, dos fornecedores, cuidar muito bem da imprensa, etc.
Agora partindo para a imprensa se na década de 90 já havia começado a ter uma relação muito mais aberta com as organizações, hoje esta condição se tornou questão de sobrevivência. A gente está vendo o que tem de trabalho realizado pela imprensa.
Obviamente existem alguns colegas que não são tão responsáveis e competentes, isto é uma questão de ruptura e nunca vai ser diferente, mas o trabalho que a imprensa brasileira está fazendo é fundamental, é a imprensa que está nos salvando. É comum - infelizmente é comum - a gente ver denuncias de políticos, ver denuncias de empresas, não vamos citar muitos nomes, mas ultimamente a gente está vendo o caso da Cisco que é uma grande empresa multinacional, mas que “fez xixi fora do penico” em relação a algumas atividades de importação e exportação de equipamentos.
Um exemplo do Estadão que tem uma abertura maior ao publico, deu na primeira página dois dias depois do acontecido a Cisco se manifestando através de um comunicado se colocando a disposição na busca da informação correta para que as coisas se regularizem e ela volte a atuar de uma maneira responsável mais uma vez. Isto jamais aconteceria há cerca de vinte anos atrás dez anos atrás, a empresa ia dar uma enrolada e nunca iria tão diretamente ao ponto como a Cisco foi neste comunicado agora. Então a primeira mensagem que eu passo aqui é que as coisas mudaram nas empresas e que a função do jornalista se tornou muito mais interessante do que era no passado. A gente deixou de ser 100% jornalista e passou a ser mais RP, que atua com o governo, desenvolve outras atividades além de estar o tempo inteiro em contato com a mídia. É um trabalho bastante interessante, emocionante eu diria porque você está o tempo inteiro na pauta dos principais veículos de comunicação, principalmente em uma empresa como a Bridgestone que você tem a formula 1 para trabalhar, tem a comunidade, atividades menos intensas mas interessantes.
(Fim da Transcrição)
Esta foi uma das partes que eu achei mais interessantes durante a palestra do Raul Viana pois ele compara o que era e o que é o mundo corporativo, principalmente em relação a mídia e aos novos conceitos como a Responsabilidade Social.
Gostaria de finalizar com um agradecimento especial a estes profissionais que se dispõe a dividir um pouco do seu tempo e de suas experiências conosco e também a nossa Universidade que sempre propõe eventos deste gênero que enriquecem nosso conhecimento.
Fonte: Trecho retirado da palestra: “Relações da Mídia com o mundo corporativo”.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
A Comunicação integrada na Comunicação Organizacional
Tem como competência desempenhar nas comunicações entre empresas transnacionais, multinacionais e doméstico-exportadoras a Comunicação integrada. Em diversos níveis de complexidade essas organizações precisam de eficazes instrumentos de comunicação para realizar suas atividades. Seja teleconferência, via e-mail, NetMeeting, listas de discussão, e tantos outros instrumentos disponibilizados para comunicação em tempo real que são utilizados em ambientes organizacionais e educacionais.
Este novo aparato tecnológico permite a organizações com unidades dispersas fisicamente a possibilidade de integrar suas atividades como se ficassem todas reunidas em um só espaço, mesmo que este seja virtual. Para falar sobre a comunicação integrada, basta pensar nos vários tipos de comunicação como: voz, imagens, texto ou até transmissão de dados, que em ambiente tecnológico possibilita a comunicação em tempo real, criando então uma integração organizacional, fazendo com que tomar decisões e aumentar a produtividade das empresas fique cada vez mais fácil.
A Siemens reúne os responsáveis da área de pesquisa e desenvolvimento, espalhados pelo mundo, em reuniões periódicas através de videoconferências, sites e comunicação eletrônica para discutir detalhes de projetos únicos. Certamente tal tecnologia de comunicação aplica o conceito de comunicação integrada.A própria internet e os sistemas de comunicação via satélite, que disponibilizam estas ferramentas de comunicação, são sistemas de comunicação integrada à medida que unem pessoas ao redor do mundo. Através destes ambientes de comunicação desenha-se outra forma de integração entre o receptor da mensagem e o emissor. Quem recebe a informação passa a produzir mensagens interagindo assim com sua fonte.
Podemos observar esse exemplo nas vantagens da internet como: atualidade, interatividade, produtividade, economia e globalidade. Colocando o emissor em contato com o meio de comunicação, este enquanto produtor é também uma concepção da comunicação integrada.
Fonte: http://comunicorganiza.blogspot.com/ ( acessado em: 25/out/2007)
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
A sinergia entre famílias e organizações
Partindo de uma análise desta imagem, podemos relacioná-la ao comportamento dos públicos dentro de uma organização.
Assim como uma família em que os componentes precisam estar em sinergia uns com os outros, dentro de uma organização os departamentos que fazem parte dela precisam estar em harmonia para atingir o mesmo objetivo organizacional.
Essa proposta em que os departamentos atuam em conjunto é o que chamamos de mix da comunicação, proposto por Kunsch. Nele faz parte a comunicação interna, administrativo, institucional e mercadológica. Essas quatro áreas não trabalham independentes umas das outras.
Percebemos na imagem, que a família está estruturada de acordo com hierarquias, pois o pai é o primeiro a estar contente e a figura do homem é o de chefe de família. Nas organizações, você sempre precisa se reportar a alguma figura principal, independente da cultura (participativa ou autoritária) que a empresa segue, para que ao final todos sejam beneficiados.
Por meio desta figura é possível relacionar uma família e a comunicação nas organizações.
Assim como uma família em que os componentes precisam estar em sinergia uns com os outros, dentro de uma organização os departamentos que fazem parte dela precisam estar em harmonia para atingir o mesmo objetivo organizacional.
Essa proposta em que os departamentos atuam em conjunto é o que chamamos de mix da comunicação, proposto por Kunsch. Nele faz parte a comunicação interna, administrativo, institucional e mercadológica. Essas quatro áreas não trabalham independentes umas das outras.
Percebemos na imagem, que a família está estruturada de acordo com hierarquias, pois o pai é o primeiro a estar contente e a figura do homem é o de chefe de família. Nas organizações, você sempre precisa se reportar a alguma figura principal, independente da cultura (participativa ou autoritária) que a empresa segue, para que ao final todos sejam beneficiados.
Por meio desta figura é possível relacionar uma família e a comunicação nas organizações.
Fonte: imagem
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Empresas com alma, profissionais com alma.
Charles Handy, um famoso inglês e autor de “A Era do Irracional” e “A Era do Paradoxo”, estudava a busca de um novo sentido para as lideranças e o trabalho nas corporações quando a responsabilidade social começou a ser esperada das empresas. Em 1997 ele disse: “Empresas com alma são feitas por pessoas que fazem as coisas com alma”. Suas idéias, sempre muito avançadas, são atualmente discutidas quando se pensa em companhias socioambientalmente responsáveis.Concordo plenamente com Handy, uma vez que só o dinheiro não determina o conceito de sucesso de uma pessoa ou organização. Cada vez mais as pessoas buscam um trabalho que contribua para a melhoria do mundo e isso também deveria ser o objetivo de todas as empresas.Essa necessidade de fazer um bem ao mundo mostra porque os profissionais costumam ser mais felizes quando trabalham em corporações socialmente responsáveis, pois, dessa forma, têm liberdade de exercer seus papéis de cidadãos.Para Handy, os líderes eficazes devem ser capazes de combinar em seu perfil absoluta paixão pelo que fazem, habilidade de transmitir essa paixão aos outros, devem ter espírito de equipe, firmeza moral e a certeza de que não possuem todas as respostas prontas. Creio que esses requisitos devem estar presentes não só nos comunicadores das organizações, mas em todos os seus funcionários que juntos podem firmar a cultura da organização com base na responsabilidade social. Esse post teve como base o artigo de Ricardo Voltolini, diretor de redação da revista Idéia Social e consultor de Responsabilidade Social da Ofício Social. O artigo encontra-se no site da aberje através do link www.aberje.com, na parte de artigos.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Comunicação Mercadológica na Comunicação Organizacional
A Comunicação Mercadológica é uma vertente da Comunicação Organizacional e foi uma das discussões abordadas hoje, 22/10, em sala de aula.
Essa parte da comunicação trabalha com a marca, produto e serviços da empresa. Coloca-as em evidência no mercado, para aumentar as vendas.
Voltada para vendas, as organizações utilizam publicidade, assessoria de imprensa, serviço de atendimento ao cliente e marketing, quando pensa investe nessa área.
Este tipo de comunicação vem sofrendo mudanças na maneira de agir, pois nos últimos anos as pesquisas tem sido focadas nos hábitos do consumidor, no marketing, na globalização e no estreitamento da concorrência. Num futuro próximo, será diretamente associada a uma postura ética da empresa, será o compromisso para com o cliente e os cidadãos.
É interessante como podemos perceber a relação estreita que as comunicações têm entre si, a comunicação mercadológica terá um melhor resultado se exercido junto à comunicação institucional, que acarretará uma boa imagem não só do produto, mas da empresa também, passando credibilidade e confiança para os públicos.
Vimos aí, um pouco mais de uma das abas da comunicação organizacional e a importância dela. Segue um link com alguns artigos:
http://www.comunicacaoempresarial.com.br/comunicacaoempresarial/artigos/comunicacao_mercadologica/comunicacaomercadologica.php
Fonte:http://www.comunicacaoempresarial.com.br/comunicacaoempresarial/conceitos/comunicacaomercadologica.php (acessado em 22/10/2007)
Essa parte da comunicação trabalha com a marca, produto e serviços da empresa. Coloca-as em evidência no mercado, para aumentar as vendas.
Voltada para vendas, as organizações utilizam publicidade, assessoria de imprensa, serviço de atendimento ao cliente e marketing, quando pensa investe nessa área.
Este tipo de comunicação vem sofrendo mudanças na maneira de agir, pois nos últimos anos as pesquisas tem sido focadas nos hábitos do consumidor, no marketing, na globalização e no estreitamento da concorrência. Num futuro próximo, será diretamente associada a uma postura ética da empresa, será o compromisso para com o cliente e os cidadãos.
É interessante como podemos perceber a relação estreita que as comunicações têm entre si, a comunicação mercadológica terá um melhor resultado se exercido junto à comunicação institucional, que acarretará uma boa imagem não só do produto, mas da empresa também, passando credibilidade e confiança para os públicos.
Vimos aí, um pouco mais de uma das abas da comunicação organizacional e a importância dela. Segue um link com alguns artigos:
http://www.comunicacaoempresarial.com.br/comunicacaoempresarial/artigos/comunicacao_mercadologica/comunicacaomercadologica.php
Fonte:http://www.comunicacaoempresarial.com.br/comunicacaoempresarial/conceitos/comunicacaomercadologica.php (acessado em 22/10/2007)
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