sexta-feira, 5 de outubro de 2007

O novo perfil do comunicador

Hoje, trago para vocês uma reflexão sobre dois artigos. O primeiro, “A comunicação e o desenvolvimento empresarial” do Professor Doutor da Escola de Comunicação e Artes (ECA - USP) e presidente da ABERJE Paulo Nassar e o segundo intitulado “RP Acabou” do Diretor da LVBA, Flávio Valsani.

Em ambos os textos os autores falam sobre o novo perfil do comunicador, porém, o texto de Paulo Nassar focaliza o fato de como este perfil está em ascensão nas organizações graças aos seus propósitos e qualidades. O “novo” comunicador participa do plano estratégico, tem postura crítica, não se deixa iludir por modismos de gestão e se concentra no conteúdo das informações que passa à mídia para que estas tragam valores à organização.

O autor ainda afirma que o comunicador visa o desenvolvimento da empresa e que as barreiras de preconceitos e estereótipos devem ser quebradas tanto pela organização quanto pelo profissional, para que seja possível integrar discurso e prática.

O outro artigo, escrito por Flavio Valsani, trata também deste novo perfil do comunicador. Porém, fala basicamente sobre as diferenças entre o antigo e o atual profissional de RP e o papel profissional assumido por ele.


As diferenças são claras. Se antigamente o Relações Públicas precisava ter uma boa imagem e desempenhava funções táticas, hoje em dia, o novo RP desempenha funções estratégicas, precisa estar atualizado, ter sólida formação cultural e acadêmica, estar integrado em ações sociais e ambientais e principalmente, ter consciência de que a comunicação não é um fim, mas um meio para alcançar objetivos estratégicos.

Na minha opinião não foi só o profissional de RP que mudou seu perfil para se adaptar às novas exigências do mercado de trabalho, porém, como a ascensão da profissão (que cresce em média 25% ao ano) excede algumas outras, o destaque que temos graças à valorização da comunicação nos obriga a ser mais flexíveis e dedicados. Não que não seja importante para um engenheiro, por exemplo, se manter informado sobre o que é uma comunicação excelente, mas assim como não assumimos cargos próprios de engenharia nas organizações, ele também não pode ser o responsável por administrar relações e auxiliar planos estratégicos.

Finalizo com uma frase do artigo acima, muito bem colocada pelo autor: “O que quer que tenha acontecido, o fato é que tenho visto cada vez mais e mais profissionais – jovens e velhos – competentes e entusiasmados, desenvolvendo novos, interessantes e eficazes caminhos para a geração de mudanças”.


Fontes: Paulo Nassar: "A comunicação e o desenvolvimento empresarial"
Flávio Valsani: "RP Acabou?"
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